Após anos de estudos enfadonhos observando performances sexuais de cavalos varzeanos; após esforços diários rumo à “desalienação” da classe artística recife-olidense, Osvaldinho interessou-se em analisar o comportamento “psico-afetivo” do “homem medíocre”, uma pseudociência bastante solicitada em mesas de bares desprovidas de encanto sexual.
– “Que puta culta!” Exclamava Osvaldinho ao deparar-se com uma mini-saia na mesa ao lado, disfarçando a sua calcinha com a família Karamazovi.
Mas o nosso pseudocientista não merece modesta apresentação, meus caros leitores. Sua última experiência com o santo daime tinha o consagrado um físico social por excelência e, faminto em desvendar o que pensava o “homem medíocre” sobre a diferença entre os sexos, providenciou todos os aparatos que iriam lhe beneficiar naquela expedição: cigarros, um gravador e alguns baseados. Fez questão em esquecer os preservativos, visto que tal invenção comprometia profundamente o seu desempenho sexual.
Primeiro rebanho a ser observado: os ratos de praia nativos da zona sul. Não era de se admirar, já que este grupo era bastante conhecido por Osvaldinho, que morara parte da sua vida naquelas redondezas até o plano Collor. Mas muita coisa mudara e o nosso herói já não se sentia à vontade ao lado daquelas beldades semi-nuas. Chegando à praia, imediatamente pediu uma “breja” e sentou-se solitariamente até reconhecer o suposto “homem medíocre”. Este, por sua vez, só aventurou o primeiro contato quando o nosso físico social acendeu o seu primeiro baseado.
Fumaram e tomaram algumas cervejas enquanto conversavam a respeito de suas experiências sexuais. Osvaldinho viu naquela querela a sua primeira chance. Foi taxativo: – “Você chama a sua mulher de PUTA na hora da foda?” O “homem medíocre” gaguejou. Osvaldinho viu na reação do rapaz um dado importantíssimo. Porém, enquanto tentava dar continuidade a sua entrevista, eis que uma bela garota se aproxima. – “QUE RABO!” Fez questão de manifestar para o seu companheiro.
Longos minutos se passaram e Osvaldinho contemplava inebriado as nádegas salientes da bela jovem. Olhou ao redor e prestigiou uma manifestação pacífica de vulvas depiladas, suadas e sedentas. Uma excitação furiosa o absorveu e nem sentiu a ausência do seu primeiro entrevistado, que viu no entusiasmo do pseudocientista a chance de despedir-se sem pagar a conta.
Às quatro da tarde, Osvaldinho voltava para casa sem grandes sucessos científicos e sexuais. CDU-BOA VIAGEM-CAX completamente lotado. Voltava para casa excitadíssimo na retaguarda de uma adolescente já completamente iniciada na filosofia de alcova. Uma espécie de dama do lotação infanto-juvenil.
– Que tal o meu quarto? Perguntou Osvaldinho com um sorriso nervoso.
– Tu lê muito né? Respondeu a jovem na sua lolitice carismática.
Estava definitivamente molhada à espera de uma penetração pulsante, que ela devoraria com absoluta competência. Mas o nosso herói não sabia de onde viria aquela fraqueza, aquele sono, aquela sensação de morte que experimentava entre as pernas. Precisava de mais alguns goles, porém, a mesada havia acabado naquela tarde.
O pobre diabo então percebeu que erudição de mais e álcool de menos só funcionaria em filmes “cabeça” que assistia na fundação. Brochou dramaticamente. – “Mas eu estava tão excitado a meia hora atrás!” Um comentário digno das comédias eróticas. Sentiu-se culpado por tudo, por todos e não demorou até que ambos sofressem a melancolia da despedida. Ela excitadíssima. Ele cabisbaixo. Lembrou da antiga namorada frígida que fugira com o hippie peruano e foi vomitar.
Não tardou em retomar os estudos e prometeu dedicar-se mais ao seu projeto. Foi cauteloso ao mapear o segundo grupo que faria parte daquela pesquisa, sedenta em desvendar os paradigmas da sexualidade do pequeno homem classe média.
Próximo grupo focal a ser contemplado: aspirantes à cineasta em processo de surto. Um rebanho bastante específico e curioso, se bem, que a caracterização e o diagnóstico do grupo eram dados pelo próprio Osvaldinho, que assumia ser perfeitamente íntimo de tal universo, após meses e meses de experiências imemoráveis em festinhas intimistas do mainstream local, desregradas a cerveja quente, penetras ilustres e cogumelos falsificados. Mas essa faceta do nosso herói, minhas caras leitoras, prestigiaremos em um outro folhetim.
– “Que puta culta!” Exclamava Osvaldinho ao deparar-se com uma mini-saia na mesa ao lado, disfarçando a sua calcinha com a família Karamazovi.
Mas o nosso pseudocientista não merece modesta apresentação, meus caros leitores. Sua última experiência com o santo daime tinha o consagrado um físico social por excelência e, faminto em desvendar o que pensava o “homem medíocre” sobre a diferença entre os sexos, providenciou todos os aparatos que iriam lhe beneficiar naquela expedição: cigarros, um gravador e alguns baseados. Fez questão em esquecer os preservativos, visto que tal invenção comprometia profundamente o seu desempenho sexual.
Primeiro rebanho a ser observado: os ratos de praia nativos da zona sul. Não era de se admirar, já que este grupo era bastante conhecido por Osvaldinho, que morara parte da sua vida naquelas redondezas até o plano Collor. Mas muita coisa mudara e o nosso herói já não se sentia à vontade ao lado daquelas beldades semi-nuas. Chegando à praia, imediatamente pediu uma “breja” e sentou-se solitariamente até reconhecer o suposto “homem medíocre”. Este, por sua vez, só aventurou o primeiro contato quando o nosso físico social acendeu o seu primeiro baseado.
Fumaram e tomaram algumas cervejas enquanto conversavam a respeito de suas experiências sexuais. Osvaldinho viu naquela querela a sua primeira chance. Foi taxativo: – “Você chama a sua mulher de PUTA na hora da foda?” O “homem medíocre” gaguejou. Osvaldinho viu na reação do rapaz um dado importantíssimo. Porém, enquanto tentava dar continuidade a sua entrevista, eis que uma bela garota se aproxima. – “QUE RABO!” Fez questão de manifestar para o seu companheiro.
Longos minutos se passaram e Osvaldinho contemplava inebriado as nádegas salientes da bela jovem. Olhou ao redor e prestigiou uma manifestação pacífica de vulvas depiladas, suadas e sedentas. Uma excitação furiosa o absorveu e nem sentiu a ausência do seu primeiro entrevistado, que viu no entusiasmo do pseudocientista a chance de despedir-se sem pagar a conta.
Às quatro da tarde, Osvaldinho voltava para casa sem grandes sucessos científicos e sexuais. CDU-BOA VIAGEM-CAX completamente lotado. Voltava para casa excitadíssimo na retaguarda de uma adolescente já completamente iniciada na filosofia de alcova. Uma espécie de dama do lotação infanto-juvenil.
– Que tal o meu quarto? Perguntou Osvaldinho com um sorriso nervoso.
– Tu lê muito né? Respondeu a jovem na sua lolitice carismática.
Estava definitivamente molhada à espera de uma penetração pulsante, que ela devoraria com absoluta competência. Mas o nosso herói não sabia de onde viria aquela fraqueza, aquele sono, aquela sensação de morte que experimentava entre as pernas. Precisava de mais alguns goles, porém, a mesada havia acabado naquela tarde.
O pobre diabo então percebeu que erudição de mais e álcool de menos só funcionaria em filmes “cabeça” que assistia na fundação. Brochou dramaticamente. – “Mas eu estava tão excitado a meia hora atrás!” Um comentário digno das comédias eróticas. Sentiu-se culpado por tudo, por todos e não demorou até que ambos sofressem a melancolia da despedida. Ela excitadíssima. Ele cabisbaixo. Lembrou da antiga namorada frígida que fugira com o hippie peruano e foi vomitar.
Não tardou em retomar os estudos e prometeu dedicar-se mais ao seu projeto. Foi cauteloso ao mapear o segundo grupo que faria parte daquela pesquisa, sedenta em desvendar os paradigmas da sexualidade do pequeno homem classe média.
Próximo grupo focal a ser contemplado: aspirantes à cineasta em processo de surto. Um rebanho bastante específico e curioso, se bem, que a caracterização e o diagnóstico do grupo eram dados pelo próprio Osvaldinho, que assumia ser perfeitamente íntimo de tal universo, após meses e meses de experiências imemoráveis em festinhas intimistas do mainstream local, desregradas a cerveja quente, penetras ilustres e cogumelos falsificados. Mas essa faceta do nosso herói, minhas caras leitoras, prestigiaremos em um outro folhetim.
Pierre Bricoleur
Ex-companheiro de profissão
Ex-companheiro de profissão
3 comentários:
La Venus en Pieles
Venus in Peltz, Venere in Pelliccia
Vôte!
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